quarta-feira, 9 de março de 2011

Álgebra de Boole e Portas Lógicas

A Álgebra Booleana pode ser definida como um conjunto de elementos, operadores e um número de axiomas que são tidos como verdadeiros sem a necessidade de prova.
É uma álgebra definida no espaço B utilizando-se dos operadores "." (multplicação) e "+" (adição), que satisfazem os seguintes axiomas:
  • Axioma 1 - (Fechamento)


  • Axioma 2 - (Identidade)


  • Axioma 3 - (Comutatividade)


  • Axioma 4 - (Distributividade)


  • Axioma 5 - (Complemento)


  • Axioma 6 - (Cardinalidade)
         B contém pelo menos 2 elementos.

Para o caso particular em que B possui apenas dois elementos, isto é,  B={0,1}, temos a Álgebra de Chaveamento, que constitui a base teórica dos sistemas digitais.


 - Portas Lógicas

Portas lógicas (gates) são circuitos eletrônicos que implementam funções lógicas elementares por meio de sinais elétricos. Os valores lógicos são representados por tensões elétricas padronizadas. Por exemplo, o valor lógico falso pode ser associado a uma tensão igual a 0V, enquanto que o verdadeiro ao valor 5V.
Costuma-se designar esses níveis por
- L (LOW): nível lógico baixo.
- H (HIGH): nível lógico alto.
Os níveis lógicos não são representados por tensões exatas, mas sim por faixas de tensão que não se sobrepõem.
  • Porta AND (E lógico)

    AND (a,b) = a.b


  • Porta OR (OU lógico)

    OR (a.b) = a + b



  • Porta NOT (inversor)

    NOT(a) = ā



Combinando as três funções obtemos novas funções:
  • Porta NAND
    É uma parta AND seguida por um inversor.

  • Porta NOR
    É constituída por uma porta OR seguida por um inversor.


 - Teoremas
  • Teorema 1



  • Teorema 2



  • Teorema 3


  • Teorema 4



  • Teorema 5



  • Teorema 6 (De Morgan)



  • Teorema 7



  • Teorema 8




Referências:   - Gajski. "Principal of Digital Design".
                     - http://www.carlosfelgueiras.hpg.com.br

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sistemas massa-mola


Transformada de Laplace - Parte I

É um método operacional que pode ser usado com vantagens para resolver equações diferenciais lineares. Pode-se converter funções comuns, tais como funções senoidais, funções senoidais amortecidas, funções exponenciais, enfim, uma função no domínio do tempo f(t) em uma função de uma variável complexa. Trata-se da mesma função vista de duas formas diferentes. Operações como diferenciação e integração podem ser substituídas por operações algébricas no plano complexo. O método da Transformada de Laplace permite o uso de técnicas gráficas para prever o desempenho do sistema sem a necessidade de resolver as equações diferenciais.

Uma variável complexa s tem uma componente real σ e uma componente imaginária jω, ou s = σ + jω. Uma função complexa G(s), uma função de s, tem uma parte real e uma parte imaginária, ou G(s) = Gx + jGy, em que Gx e Gy são reais. Uma função complexa G(s) é dita analítica em uma região se G(s) e todas as suas derivadas existirem naquela região. A derivada de uma função analítica G(s) é dada por:



O valor da derivada é independente da escolha da trajetória de Δs. Pode-se mostrar que se as derivadas tomadas ao longo de duas trajetórias quaisquer, especificamente Δs = Δσ e Δs = jΔω, são iguais, então a derivada é única para qualquer outra trajetória Δs = Δσ + jΔω.

Para uma particular trajetória Δs = Δσ ( trajetória paralela ao eixo real):


Para uma particular trajetória Δs = jΔω ( trajetória paralela ao eixo imaginário):

Se estes valores são iguais, então:



E se são satisfeitas as chamadas condições de Cauchy-Riemann:


Então a derivada de G(s) é determinada unicamente.

Pontos do planos s em que a função G(s) é analítica são chamados de pontos ordinários, enquanto que pontos do plano s em que a função G(s) não é analítica são chamados de pontos singulares. Pontos singulares em que a função G(s) ou suas derivadas se aproximam de infinito são chamados pólos.
Se G(s) tende a infinito quando s tendo a -p e se a função



(n= 1,2,3 ...) tem um valor infinito não nulo em s=-p, então s=-p é chamado de pólo de ordem n. Se n=1, o pólo é chamado um pólo simples. Se n=2,3..., o pólo é chamado de pólo de segunda ordem, pólo de terceira ordem, etc. Pontos em que G(s) = 0 são chamados de zeros.

Transformada de Laplace

 - Definição

Seja uma função do tempo f(t) seccionalmente contínua e tal que f(t)=0 para t<0, então a sua transformada de Laplace, F(s), onde s é uma variável complexa, será dada por:


Para que uma função tenha Transformada de Laplace ela tem que ser causal, isto é, f(t)=0 para t<0.

Exemplos
  1. Função Impulso (Delta de Dirac)




    Pode-se provar que:



    Propriedade do Deslocamentto



    Transformada de Laplace da função impulso:




  2. Função Degrau Unitário ( 1(t) ou u(t))





    Transformada de Laplace da função degrau unitário


  3. Função Rampa



    Transformada de Laplace da função rampa:




  4. Função Exponencial




    Transformada de Laplace da função exponencial:


Referências: - http://www.dt.fee.unicamp.br/~www/ea612/
                   - Ogata,K. Engenharia de Controle Moderno - Cap 2